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Grupo de Jovens salvos pela graça do Senhor, que por mais que se diferenciem entre si, unem-se em único propósito, servir a Deus em espírito e em verdade.

Jovens e Adolescentes... Penso, Logo, Existo


  

        Jovens e Adolescentes...

        ..."Penso, Logo, existo"

A difícil e desafiadora missão de simplesmente ser adolescente e jovem nesse novo milênio

Por Renisvan Nascimento


 Assim asseguram os Artigos 3º, 4º e 5º (respectivamente) do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), já promulgado sob forma de lei no país (Lei Federal nº 8.069/90):

- “A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurandose-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”.

- “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.

- “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

Mas ironicamente, porém, os dados, as estatísticas e as pesquisas hoje referentes à criança e ao adolescente parecem contradizer e contrapor, em muito, o que se propõe, ainda que sob peso de lei, o ECA. Só para que se tenha uma ideia, num recente estudo feito em parceria entre o governo federal, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a organização Observatório das Favelas (organização social de pesquisa, consultoria e ação pública dedicada à produção do conhecimento e de proposições políticas sobre as favelas e fenômenos urbanos), apontouse que “mais de 33 mil adolescentes serão assassinados entre 2006 e 2012 no Brasil”. Há menos que se faça ou tenha sido feito algo nos estados e municípios pesquisados. Intitulado “O Indicador de Homicídios na Adolescência, análise preliminar dos homicídios em 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes”, o estudo é revelador na medida em que aponta o real e delicado quadro de descuido ou mesmo abandono afetivosocial em que muitos adolescentes parecem se encontrar, abandono esse inclusive que parece ter como resposta a revolta de muitos deles. O mesmo estudo apresenta ainda o ranking de morte violenta envolvendo adolescentes por município. Pasmem: o município de Governador Valadares, em Minas Gerais, está na segunda posição no índice (IHA) em número de homicídios envolvendo adolescentes com idade entre 12 e 18 anos entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes: 8,5 mortos para cada grupo de mil. Foz do Iguaçu, no Paraná, lidera o primeiro lugar no índice (9,7), enquanto a cidade de Cariacica (ES) ocupa a terceira posição: 7,3. (Para saber mais sobre o estudo na íntegra, acesse o site da Unicef ou o link http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_15477.htm).
A preocupação acerca do tema é tão séria que a própria revista Veja tratou da questão do que é ser adolescente hoje nas suas páginas da edição de número 2.100 (ano 42, nº 7) de fevereiro desse ano. Com capa, a chamada: “Eles é que mandam”. Na matéria, após pesquisa com a turma teen, a constatação: “Estão mais perdidos do que nunca”. Nas entrelinhas de tudo isso, uma outra constatação ainda mais aterradora: já não se “fazem” mais adolescentes como antigamente. Para ser mais clássico e direto: nunca nossos adolescentes estiveram tão expostos e em risco como nessa geração. Guilherme Schelb que o diga. Mestre em Direito Constitucional, especialista em segurança pública e atualmente procurador da república, ele é autor da contundente e pertinente obra “Segredos da Violência, estratégias para a solução e prevenção de conflitos com crianças e adolescentes” (Thesaurus Editora, 2008). Ele afirma, de imediato na introdução do primeiro capítulo, em tom de alerta: “Os abusos praticados contra crianças e adolescentes são uma das principais causas da criminalidade infanto-juvenil.”
Schelb também é autor da obra “Viver é Coisa Perigosa”, pela mesma editora. Pois bem! Em continuidade à gloriosa, mas difícil e desafiadora missão que sempre nos é proposta, de não só alertar, mas conscientizar a cada um de nossos leitores, bem como toda a Igreja de Cristo, quanto à urgente necessidade de se fazer algo para mudar toda uma sociedade – especialmente na condição de agentes em potenciais de transformação pelo Reino (pois somos sal e luz nessa Terra, segundo o próprio Jesus) – é que, com exclusividade, tratamos nas páginas do Atos Hoje a delicada questão da adolescência nesse tempo do fim. Tudo por meio de dados, estatísticas, entrevistas e opiniões de gente entendida e envolvida com essa turma pra lá de teen. A intenção não é esgotar o assunto, claro, e nem tampouco apresentar uma palavra final sobre a questão. Reflexão para uma ação é nossa intenção. Se após a leitura de todo esse conteúdo você se mostrar não só preocupado, mas proativo a favor de cada um dos adolescentes à sua volta – sejam eles filhos seus ou não – já nos damos por satisfeitos e realizados. Pois a nossa missão não só foi entendida, mas cumprida. E mais que isso: a mensagem não caiu em ouvidos moucos, em olhos cegos e corações fechados. Pois essa é também nossa missão: “[...] Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.”

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